Em entrevista concedida à Jovem Pan Curitiba, o secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, defendeu a ampliação das escolas cívico-militares e do programa Parceiro da Escola. As declarações, reforçam que o governo está atento ao que a sociedade deseja — mesmo que parte do corpo docente ainda insista em rejeitar o modelo.
A ampliação das escolas cívico-militares no Paraná e a expansão do Parceiro da Escola revelam uma virada de percepção por parte das famílias. Não é por acaso que pesquisas recentes apontam 86% de aprovação entre os pais e 84% que recomendariam o modelo a outras pessoas. O contraste com a rejeição de 88% registrada em 2024 demonstra que a resistência inicial não veio da comunidade, mas de setores ideologizados que ainda tentam impor sua visão.
É curioso observar que tantos educadores que defendem a “diversidade pedagógica” e o “respeito às escolhas” se incomodam com modelos que atendem exatamente a essas premissas. Se as famílias desejam disciplina, segurança, resultados e um ambiente mais organizado, por que negar? Afinal, a liberdade educacional só vale quando coincide com o pensamento dominante?
Roni Miranda destacou que há fila para ingressar nas escolas cívico-militares, enquanto diversas escolas de tempo integral sofrem com baixa procura. A solução proposta — transformar parte delas em colégios cívico-militares — é coerente, eficiente e alicerçada em resultados concretos. Esse modelo tem apresentado avanços notáveis em rendimento, comportamento e participação dos alunos.
Diferentemente do que ocorre em São Paulo, o Paraná não entrega a direção escolar aos militares. Eles atuam como monitores e agentes de apoio, enquanto a gestão pedagógica permanece com os professores da rede. Ou seja, não há interferência no conteúdo nem usurpação de funções — há reforço na disciplina, no respeito às regras e na presença de figuras de autoridade positivas.
Quanto ao Programa Parceiro da Escola, os resultados também são expressivos. Mesmo com resistência inicial de segmentos mais politizados, hoje são 82 escolas com gestão administrativa terceirizada. A cobrança de metas e o corte de repasse para quem não atinge resultados mostram seriedade na aplicação do dinheiro público — algo que deveria ser tratado como avanço, não ameaça.
Os opositores fingem ignorar os graves desafios da educação pública: evasão, indisciplina, violência, desinteresse, baixo desempenho e ausência das famílias. As escolas cívico-militares têm conseguido enfrentar justamente esses problemas — e isso incomoda quem prefere o discurso à solução.
A Assembleia Legislativa terá papel decisivo nas próximas etapas, mas os deputados precisam escutar mais a sociedade do que a gritaria organizada de sindicatos. Quem está nos corredores, nas reuniões de pais e dentro das salas sabe o que funciona. E se a procura cresce, cabe ao governo responder.
Educação de qualidade não se constrói com slogans, mas com decisões concretas. Se as escolas cívico-militares oferecem segurança, disciplina, respeito e resultados — e contam com aprovação maciça das famílias —, por que não fortalecer esse caminho?
Quando a população quer e os indicadores comprovam, recuar é que seria um erro. O Paraná acerta ao ouvir os pais, respeitar o direito de escolha e investir no que dá certo.
Por Cleomar Diesel