Reconhecimento do INPI valoriza a tradição, o sabor e a qualidade da produção local, fortalecendo a economia e o turismo do Litoral do Paraná
As ostras do Cabaraquara, produzidas na comunidade de mesmo nome em Guaratuba, receberam o selo de Indicação Geográfica (IG) concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). O reconhecimento, divulgado nesta terça-feira (28), na modalidade Indicação de Procedência, confirma a reputação do produto e a forte ligação da comunidade com a ostreicultura.
As ostras de Cabaraquara são consideradas entre as melhores do mundo, ocupando o terceiro lugar na opinião de especialistas japoneses. O destaque internacional se deve às condições de cultivo na Baía de Guaratuba, com águas ricas em nutrientes, e à qualidade da espécie local, a Crassostrea brasiliana, que confere sabor leve e textura diferenciada ao produto.
O Governo do Estado participou ativamente da organização para obtenção do selo, em um trabalho iniciado em 2022, que envolveu o diagnóstico da ostra, o resgate histórico da atividade e ações voltadas ao fortalecimento da identidade cultural, econômica e à geração de renda dos produtores locais.
A Indicação Geográfica é concedida a produtos e serviços originários de uma região específica, com características únicas que os diferenciam dos demais. No caso das ostras do Cabaraquara, o sabor leve e adocicado, aliado às condições naturais da Baía de Guaratuba, foi determinante para o reconhecimento.
“Um santuário ecológico onde diversas fazendas marinhas e restaurantes realizam a produção e comercialização de ostras, sendo a ostreicultura a principal atividade econômica realizada na área geográfica”, descreve o documento oficial do INPI.
O pedido de registro foi apresentado pela Associação Guaratubana de Maricultores (Aguamar) e oficializado em 21 de junho de 2024. A entidade reúne dez produtores, com uma produção anual de aproximadamente 80 mil dúzias de ostras.
O caderno de especificações da IG define as diretrizes de cultivo e indica três técnicas autorizadas: longline (cordas suspensas por boias), balsa (estrutura flutuante rígida) e mesa (estruturas fixas influenciadas pelas marés).
O processo contou com o apoio do Governo do Paraná, Sebrae/PR, Prefeitura de Guaratuba, Aguamar, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Instituto Água e Terra (IAT) e Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).O selo de Indicação Geográfica representa um marco para Guaratuba, que consolida sua posição como referência na produção sustentável de ostras e ganha novo impulso para o turismo gastronômico e ambiental no litoral paranaense.







