Enquanto alguns ainda lambem as feridas da disputa eleitoral de 2024, o apresentador Ratinho — sim, o pai do governador Ratinho Junior — dá uma verdadeira aula de pragmatismo. Ao invés de seguir scripts partidários, ele prefere se aproximar dos eleitos, independentemente da sigla.
Foi assim em Ponta Grossa, onde gravou vídeo ao lado da prefeita reeleita Elizabeth Schimidt (União Brasil), ignorando o fato de que ela venceu o candidato do PSD, partido do próprio filho. A cena se repetiu em Guaratuba com Maurício Lense (Podemos), e agora em Paranaguá, com Adriano Ramos (Republicanos), que ouviu de Ratinho pai a seguinte declaração: “Esse vai ser o melhor prefeito da história de Paranaguá.” E não foi só: a vice-prefeita Fabiana Parro também esteve na reunião, reforçando o tom institucional e de cooperação.
O que há de comum entre os três? Todos venceram nas urnas candidatos bancados pelo Palácio Iguaçu — e todos receberam de Ratinho uma chancela pública que dispensa interpretações: o apresentador, quer saber de resultado, de gestão, de gente que pode mostrar serviço. Ponto final.
A postura vem incomodando alguns figurões, mas o que causa desconforto em alguns, talvez seja justamente o que causa esperança no eleitor: a ideia de que é possível construir alianças fora do cercadinho partidário.
O apresentador sabe o peso que tem — tanto na política paranaense quanto no imaginário popular do país — e não faz movimentos à toa. Cada vídeo gravado, cada abraço público, cada elogio entusiasmado tem endereço certo: 2026.
Por Cleomar Diesel