O mais recente levantamento da Real Time Big Data, realizado nos dias 03 e 04 de setembro de 2025, trouxe uma constatação que já não é novidade para quem acompanha a política paranaense: Ratinho Junior continua sendo a figura central do cenário eleitoral do estado. A pesquisa quantitativa ouviu 1.200 eleitores em entrevistas presenciais, com margem de erro de ±3 pontos percentuais e 95% de confiança.
E o que os números mostram? Quando o atual governador entra no jogo para o Senado, a disputa praticamente deixa de existir: Ratinho Jr dispara com 53% das intenções de voto, no Cenário 1 testado. Um favoritismo que não só revela a força do seu capital político, mas também coloca em xeque as pretensões de adversários que, sem ele, até conseguem algum fôlego.
Sem o governador, o quadro se embaralha. Nomes como Zeca Dirceu (PT), Filipe Barros (PL), Alexandre Curi (PSD) e Cristina Graeml (Podemos) variam entre 8% e 23%, cada um tentando cravar seu espaço. Figuras tradicionais como Roberto Requião, Beto Richa e Álvaro Dias também aparecem em patamares competitivos, mas ainda distantes da capacidade de mobilização que Ratinho Jr demonstraria se decidisse concorrer.
O fator que explica esse cenário é direto e contundente: a aprovação do governo. Ratinho Jr ostenta índices raríssimos na política nacional: 83% de aprovação, com 61% classificando sua gestão como “ótima” ou “boa”. Apenas 13% desaprovam. Em tempos de descrença na política, esses números são praticamente um “cheque em branco” para qualquer movimento que ele queira fazer.
Em resumo, a disputa pelo Senado no Paraná tem um protagonista e vários coadjuvantes. A decisão de Ratinho Jr sobre entrar ou não na corrida será o divisor de águas. Se ele decidir disputar, a eleição está praticamente resolvida. Se não, abre-se um campo de batalha equilibrado entre veteranos e novos nomes.
Uma coisa é certa: a política paranaense orbita em torno de Ratinho Jr. Ele não é apenas mais um ator do jogo — é o árbitro que pode, com um gesto, mudar completamente as regras da partida.