Obra avança e promete melhorar mobilidade e meio ambiente no Litoral
A construção da nova Ponte de Guaratuba, no Litoral do Paraná, atingiu 73% de execução, segundo o boletim de obras de agosto de 2025. O empreendimento, orçado em quase R$ 400 milhões e executado pelo Consórcio Nova Ponte, mantém frentes de trabalho intensas nos acessos e na estrutura principal.
“Permanecemos superando todos os desafios rumo à conclusão da obra, que está sendo executada com total qualidade e atendendo todas as normativas, inclusive ambientais”, afirma o diretor-presidente do DER-PR, Fernando Furiatti. “Os paranaenses podem marcar no calendário: a inauguração da Ponte de Guaratuba está prevista para abril do ano que vem”.
Avanços na estrutura
No trecho pré-moldado, foram concluídas 62 estacas (24 no estaiado e 38 no pré-moldado) e 16 vigas travessas. Já foram fabricadas 126 vigas longarinas, das quais 110 foram lançadas, permitindo a execução de 11 das 23 lajes do tabuleiro previstas.
No trecho estaiado, de maior complexidade técnica, estão finalizadas fundações, pilares das torres e aduelas de partida. Em agosto, foram concretados três pares de aduelas no apoio 04 e dois pares no apoio 05, totalizando 85 metros de 320 previstos. Também foram instalados os primeiros estais — cabos de aço que sustentam o tabuleiro, transferindo cargas verticais e horizontais para as torres e fundações.
Progresso nos acessos
Os acessos à ponte também avançam rapidamente. Do lado de Matinhos, com 880 metros, ocorrem obras de drenagem, terraplenagem e pavimentação, além da fabricação das vigas longarinas no próprio canteiro. Em Guaratuba, com 940 metros, o principal desafio é o rebaixamento do morro, com contenções compostas por solo grampeado e cortina atirantada estaqueada, abrangendo 10 mil m². Serão movimentados 200 mil m³ de solo e aplicados 50 mil m² de pavimentação.
Impactos ambientais positivos
Além de melhorar a mobilidade, a ponte deve trazer benefícios ambientais. Estudos indicam que a substituição do ferry-boat reduzirá o ruído subaquático e poderá favorecer o retorno de espécies marinhas, como o boto-cinza e as tartarugas marinhas, à Baía de Guaratuba.