Bombeiros alertam que barulhos, calor e colmeias urbanas aumentam agressividade dos insetos. Em caso de picadas, ação rápida pode salvar vidas
Com a chegada da primavera, cresce a presença de abelhas nas áreas urbanas, aumentando os riscos de ataques. O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) orienta a população sobre como se proteger e agir em caso de picadas.
Segundo a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, ruídos como motosserras e cortadores de grama podem agitar colmeias, tornando as abelhas mais agressivas. “Os casos mais comuns de ataques ocorrem durante podas de árvores e corte de grama, tanto a pessoas quanto a animais domésticos”, explica. Além disso, dias muito quentes podem aumentar a irritação dos insetos.
Em caso de encontro com um enxame, a recomendação é buscar imediatamente um local fechado, como casa ou veículo, e manter portas e janelas fechadas até que as abelhas se dispersem. A capitã reforça que colmeias devem ser manipuladas apenas por apicultores especializados. “As abelhas são protegidas por lei, e o seu extermínio configura crime ambiental”, alerta.
As picadas podem ser dolorosas e, em casos graves, levar à morte, principalmente em pessoas alérgicas. Para quem não é alérgico, até 100 picadas podem ser suportadas antes de ocorrer choque anafilático, mas ferroadas na face, cabeça e pescoço exigem atenção redobrada.
O CBMPR possui caminhões e viaturas equipados com material especializado para socorrer vítimas, incluindo roupas de apicultor para garantir a segurança da equipe. Em casos de ataque, as vítimas devem ser encaminhadas imediatamente ao hospital, acionando o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) pelo telefone 193.
Ao remover ferrões, não se deve usar pinças, pois isso pode liberar mais veneno. A orientação é raspar o ferrão da pele com um objeto rígido e limpo.