Noticia está em vários jornais brasileiros. Lula gosta de chamar o presidente da China de “meu amigo”, “mui companheiro” – praticamente um irmão de alma. O problema é que esse “irmão” anda preferindo outros almoços de negócios. E adivinhe? O prato principal da vez é soja americana, com molho especial made in Washington.
Enquanto o Brasil se gaba de fornecer 70% da soja que alimenta o império chinês da suinocultura, o embaixador da China em Washington, Xie Feng, resolveu jogar charme no quintal dos EUA. Num café da manhã caprichado, cheio de associações industriais e acadêmicos, ele defendeu ampliar a parceria agrícola sino-americana. Disse até que “precisamos de mais, não de menos”. Tradução livre: “Brasil, obrigado pelos grãos, mas o futuro da soja pode estar no Tio Sam”.
O recado do embaixador foi claro. A agricultura não deve ser politizada, disse ele, enquanto politizava até o café da manhã. A fala soa quase como uma cutucada para lembrar que, se o Brasil resolver brincar de ideologia e esquecer do pragmatismo, o mercado pode virar de lado com a mesma rapidez que um porco engorda.
No fim, a cena é quase tragicômica: o governo brasileiro insiste em discursos inflamados contra os EUA, enquanto o “mui amigo” Xi Jinping abre a porteira para a soja americana. E quem perde nessa história? O produtor brasileiro, que pode descobrir que “amizade entre nações” vale tanto quanto promessa de político em campanha.
Em resumo: no tabuleiro global, o Brasil continua achando que está jogando dados, enquanto China e EUA disputam uma partida de xadrez. E o “mui companheiro”? Esse, já está olhando para outro tabuleiro.
Ao entrar no grupo, você concorda com os nossos
Termos de Uso e reconhece as práticas de dados descritas na nossa
Política de Privacidade. Você pode sair do grupo a qualquer momento.