Começou nesta segunda-feira (14), em Itapema (SC), uma ampla operação de desratização na orla da cidade, com foco inicial na Meia Praia. A medida, que vai até o dia 25 de agosto, é uma resposta direta à crescente presença de roedores em áreas turísticas, um problema que não apenas ameaça a saúde pública, mas também o principal motor econômico da cidade: o turismo.
O que Itapema está fazendo deveria servir de exemplo. Porque ratos na praia não são exclusividade de uma cidade. São uma realidade em todo o litoral brasileiro. A diferença está em quem fecha os olhos e quem age.
A ação, liderada pela Secretaria de Saúde e executada por uma equipe especializada dentro do Programa Municipal de Controle de Pragas, foi motivada pela repercussão de vídeos que mostravam ratos circulando livremente pela areia e próximos a quiosques. Imagens que, convenhamos, são capazes de arruinar a reputação de qualquer destino turístico.
Diferente de muitas cidades litorâneas que preferem varrer o problema para debaixo da areia, Itapema enfrentou a situação com seriedade e planejamento. E mais do que isso: estabeleceu um modelo de ação conjunta. A Secretaria de Turismo está exigindo laudos atualizados de dedetização de todos os estabelecimentos comerciais e condomínios da orla — uma exigência que deveria ser praxe em todo o litoral brasileiro.
A secretária de Turismo, Pati Marin, foi clara: saúde coletiva exige esforço coletivo. Não adianta um quiosque aplicar veneno por conta própria, sem orientação técnica, se o vizinho ignora o problema ou se os produtos usados acabam pondo em risco animais de estimação e o próprio meio ambiente. A desorganização na tentativa de resolver o problema pode ser tão prejudicial quanto a praga em si.
Essa operação de desratização vem acompanhada de ações de revitalização da orla — melhorias em parquinhos, sinalização, calçadões —, sinalizando que Itapema está se preparando para o verão com a responsabilidade que o turismo exige. Afinal, praias limpas e seguras não são apenas um atrativo, são um direito.
Fica a lição: desratizar é compromisso com a saúde, com o morador e com o visitante. Que mais cidades sigam esse caminho.