O futebol mundial entra em nova era com o início das oitavas de final do Super Mundial de Clubes da FIFA neste sábado (28). Mais do que uma competição, este torneio representa a ambição da FIFA de transformar os clubes em protagonistas globais no mesmo nível das seleções, reunindo as maiores potências do planeta em confrontos que, até pouco tempo, só existiam na imaginação dos torcedores .
E o Brasil chega com força total. Flamengo, Palmeiras, Botafogo e Fluminense estão entre os 16 melhores, e já faturaram juntos mais de R$ 164 milhões apenas por alcançarem essa fase. Um dado que mostra o tamanho da vitrine e da oportunidade que o Super Mundial representa, esportiva e financeiramente.
A abertura da fase mata-mata já traz um sabor especial: Palmeiras e Botafogo se enfrentam às 13h deste sábado, em um duelo que colocará frente a frente dois estilos bem distintos — a consistência tática do Verdão e a ousadia ofensiva do Fogão. Mais tarde, às 17h, Benfica e Chelsea travam um duelo de escolas tradicionais da Europa.
No domingo, a atenção do planeta estará voltada para o reencontro entre Messi e o PSG, agora com o craque argentino defendendo o Inter Miami, às 13h. Logo depois, às 17h, o Flamengo encara o Bayern de Munique, num confronto que promete ser um dos mais intensos do torneio. Será que a garra rubro-negra conseguirá desafiar a máquina bávara?
Na segunda-feira, o Fluminense terá a missão de derrubar a muralha tática da Inter de Milão. A partida das 16h opõe o futebol envolvente do tricolor carioca contra a frieza italiana. Mais tarde, o Manchester City, atual símbolo do “futebol total” moderno, enfrenta o Al-Hilal, às 22h, testando o poder financeiro do futebol saudita contra o melhor da Premier League.
Na terça-feira, Real Madrid e Juventus protagonizam um duelo de peso às 16h, enquanto Borussia Dortmund e Monterrey encerram as oitavas com um confronto entre tradição alemã e garra mexicana, às 22h.
O calendário segue apertado, com quartas de final nos dias 4 e 5 de julho, semifinais nos dias 8 e 9 e a grande final marcada para o dia 13, às 16h.
Mais do que uma disputa por troféu, este Mundial é um laboratório do futuro do futebol. Clubes com estruturas de seleções, jogadores de várias nacionalidades e transmissões globais colocam em xeque o próprio modelo das Copas do Mundo tradicionais. É o futebol globalizado em sua versão mais comercial, espetacular e, ao mesmo tempo, desafiadora.
Para o Brasil, o torneio é uma chance de provar que, mesmo diante do abismo financeiro que separa os clubes sul-americanos dos europeus, ainda existe talento, raça e futebol capaz de bater de frente com qualquer gigante. A torcida está armada. O sonho, aceso. E a jornada apenas começou.