
Um dos casos mais recentes ocorreu em Florianópolis, envolvendo um cão dentro de uma escola pública. Na manhã de segunda-feira (27), no bairro Saco dos Limões, o animal entrou na unidade de ensino e interagiu com alunos que brincavam com uma bola. Durante a tentativa de retirá-lo, o cão feriu levemente um estudante na perna e a mãe dele, que sofreu arranhões e uma mordida no braço.
Especialistas apontam que a humanização dos cães, prática cada vez mais comum, pode aumentar o risco de acidentes — principalmente com raças fortes, como o Pit Bull. Roupinhas, festas de aniversário e perfis em redes sociais têm transformado cães em “pequenos humanos”, mas, segundo adestradores, isso pode causar confusão comportamental nos animais.
O especialista em comportamento canino Ricardo Tamborini alerta:
“Sem regras e liderança, o cão se confunde e assume o controle da casa. Isso gera ansiedade, comportamentos destrutivos e até agressividade.”
Um cuidado essencial, especialmente com Pit Bulls, é demonstrar liderança e estabelecer limites claros.

“Sempre mostre ao seu cão que quem manda no pedaço é você. Caso contrário, ele vai querer liderar a matilha — e aí você pode ter sérios problemas”, aconselha um tutor experiente.
Segundo especialistas, o verdadeiro amor pelos cães não está em mimos ou roupas, mas em rotina, disciplina, socialização e atividades físicas. O resultado é um animal equilibrado e seguro, prevenindo acidentes e garantindo bem-estar tanto para o cão quanto para as pessoas ao seu redor.
Ter um cão é como ter um filho: exige atenção, cuidado e educação. Mas lembre-se — ele não é gente. Amar de verdade é respeitar sua natureza, ensinar limites e oferecer rotina, disciplina e afeto na medida certa. Um cão educado é feliz, seguro e um companheiro leal — mas isso só acontece quando o tutor assume a liderança com responsabilidade.






