A partir de 1º de julho de 2025, o esquema de vacinação infantil contra a meningite sofrerá uma importante mudança no Brasil. Crianças de 12 meses de idade passarão a receber, como dose de reforço, a vacina meningocócica ACWY, que substitui a antiga vacina meningocócica C. A alteração foi anunciada pelo Ministério da Saúde e repassada pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) aos 399 municípios paranaenses.
A medida, oficializada por meio da Nota Técnica nº 77/2025, tem como objetivo ampliar a proteção dos bebês contra a doença meningocócica, causada por diferentes sorogrupos da bactéria Neisseria meningitidis. Enquanto a versão anterior da vacina protegia apenas contra o sorogrupo C, a nova fórmula ACWY cobre também os sorogrupos A, W e Y, proporcionando uma proteção mais abrangente contra meningite bacteriana e meningococcemia.
No Paraná, a cobertura vacinal da meningocócica C atingiu 91,56% para menores de um ano e 92,94% para o reforço aos 12 meses — índices ainda abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. A expectativa é de que a nova vacina ACWY contribua para ampliar a proteção coletiva e reduzir ainda mais a circulação da bactéria no estado.
Novo cronograma de vacinação contra meningite:
- 3 meses: 1.ª dose da meningocócica C (conjugada)
- 5 meses: 2.ª dose da meningocócica C (conjugada)
- 12 meses: reforço com a vacina meningocócica ACWY (conjugada)
A vacina ACWY já é utilizada em adolescentes entre 11 e 14 anos, com aplicação em dose única, e agora passa a integrar também o reforço infantil. A substituição faz parte das ações do Brasil alinhadas ao plano global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminação das meningites bacterianas até 2030.
Importante destacar que crianças que já completaram o esquema vacinal com três doses da meningocócica C não precisam se revacinar com a ACWY. Já aquelas que perderam a dose de reforço aos 12 meses podem receber a ACWY até os 4 anos, 11 meses e 29 dias.
A recomendação reforça o compromisso do Paraná e do Brasil com uma vacinação cada vez mais eficaz, segura e atualizada para a proteção da população infantil.
Fonte: SESA-PR