A 212ª Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, que começa em 1º de novembro, é mais que um evento religioso — é um patrimônio vivo da identidade paranaense. Realizada em Paranaguá, no Litoral, a celebração reúne fé, cultura e economia em um só movimento, atraindo cerca de meio milhão de pessoas entre devotos, turistas e curiosos.
Em tempos em que o turismo busca novas formas de conexão com o público, o turismo religioso se afirma como uma vertente que une emoção e propósito. O Governo do Estado tem entendido bem essa lógica, apoiando a festa por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setu) e do programa Paraná + Eventos. A imagem peregrina da santa, que nesta semana visitou instituições públicas e privadas em Curitiba, simboliza a união entre fé e poder público em torno de uma causa que ultrapassa fronteiras espirituais — o fortalecimento da cultura e da economia regional.
O secretário estadual do Turismo, Leonaldo Paranhos, foi preciso ao afirmar que “o turismo é sobre pessoas, histórias e conexões humanas”. É exatamente isso o que o Rocio representa: um encontro entre gerações, tradições e sentimentos. A fé move, literalmente, montanhas — e, no caso de Paranaguá, também move a economia. Hotéis lotam, restaurantes multiplicam faturamento, o comércio respira. Cada vela acesa é também uma centelha de desenvolvimento.
O evento, reconhecido pelo Vaticano e incluído no calendário oficial do Estado, é um exemplo claro de como políticas públicas bem direcionadas podem transformar devoção em prosperidade. O coordenador do Grupo de Trabalho de Turismo Religioso, Eliseu Rocha, lembrou que no dia da grande procissão são mais de 120 mil pessoas nas ruas — um dado que explica por si só a força desse fenômeno.
A devoção a Nossa Senhora do Rocio nasceu no século XVII e segue viva há mais de 200 anos, reafirmando-se como elo entre espiritualidade e tradição.
Porque fé também é força, e o Rocio é a prova viva disso.






