O Governo do Estado deu início neste mês à obra de requalificação do molhe de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, no Litoral. O investimento é de R$ 9,9 milhões, sendo R$ 496 mil de contrapartida municipal. A intervenção busca solucionar problemas ambientais na região onde o Canal Artificial do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) encontra a Baía de Paranaguá.
Conhecida como desembocadura do Canal do DNOS, a área sofre atualmente com processos erosivos causados pela força das correntes e pela oscilação das marés, que aceleram o deslocamento de sedimentos e reduzem a estabilidade da margem costeira. O processo de licenciamento e monitoramento ambiental está sendo coordenado pelo Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
O projeto inclui a instalação de sinalização náutica nos dois lados do canal e a construção de uma passarela de quase 150 metros sobre o molhe. A nova passagem vai facilitar a circulação de moradores e visitantes, além de se tornar um atrativo turístico da região.
De acordo com o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro, a obra vai reduzir os assoreamentos provocados pela movimentação de sedimentos, contribuindo para a balneabilidade da água, manutenção da faixa de areia e preservação da fauna e flora locais.
Construída na década de 1970, a estrutura atual foi projetada para viabilizar o tráfego marítimo, especialmente entre o terminal de Pontal do Sul e a Ilha do Mel. Segundo o secretário do Meio Ambiente de Pontal do Paraná, Jackson Cesar Bassfeld, a requalificação vai garantir a estabilidade ecológica da região e evitar que o processo erosivo avance sobre a praia.
Bassfeld destacou ainda que as pedras do molhe funcionarão como recifes artificiais, criando novos habitats marinhos para espécies de crustáceos, moluscos, ouriços, corais incrustantes e peixes.