O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu, por unanimidade, liberar o andamento do licenciamento ambiental da tão esperada Faixa de Infraestrutura em Pontal do Paraná. Trata-se de um avanço que vai além de uma decisão jurídica: é uma vitória do bom senso, da técnica e, principalmente, da população que aguarda há décadas por melhorias reais em mobilidade, infraestrutura e qualidade de vida.
Quem é contra, que me perdoe, mas está do lado errado da história. O desenvolvimento sustentável — aquele que equilibra progresso e preservação ambiental — é um imperativo para regiões como o litoral paranaense, onde o crescimento populacional saltou de forma exponencial. Pontal do Paraná, por exemplo, viu sua população fixa multiplicar por seis nas últimas três décadas, chegando a mais de 30 mil habitantes, sem contar os impressionantes 400 mil visitantes que aportam por ali na temporada. A PR-412, concebida nos anos 70, simplesmente não dá mais conta do recado.
A nova faixa não é só uma estrada. Ela simboliza planejamento urbano, mobilidade digna, combate aos alagamentos e, sim, proteção ao meio ambiente. O canal de drenagem previsto, por exemplo, vai funcionar como barreira contra a ocupação irregular da Mata Atlântica — ironicamente, uma preocupação usada como desculpa para tentar barrar a obra. O projeto do Governo do Estado combina engenharia moderna e responsabilidade ambiental, coisa rara no Brasil das promessas fáceis e das obras inacabadas.
A decisão unânime do TRF4 põe fim, ao menos por ora, a essa novela. O litoral do Paraná precisa sair da estagnação e dar um passo firme rumo ao futuro. A Faixa de Infraestrutura não é só um caminho asfaltado — é o trilho por onde deve passar o desenvolvimento que respeita as pessoas, a natureza e a urgência de uma região que não pode mais esperar.
Agora é avançar. E que os obstáculos que restam sejam vencidos com a mesma coragem que move quem acredita no futuro. Porque o litoral do Paraná merece
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