Sacolas plásticas, garrafas PET e até uma geladeira estavam entre os resíduos retirados pelos voluntários
Na semana dedicada à Limpeza dos Rios, Praias e Manguezais, dois mutirões realizados em Antonina e Paranaguá retiraram 1.830 quilos de resíduos dos mangues. As ações aconteceram na quinta (18) e sexta-feira (19), reunindo voluntários e instituições parceiras.
A Portos do Paraná participou por meio da Cia Ambiental, fornecendo luvas e sacos de lixo para os grupos. Os mutirões aconteceram no trapiche municipal de Antonina e no trapiche do Rocio, em Paranaguá — áreas de grande relevância para a biodiversidade costeira.
Entre os materiais recolhidos estavam sacolas plásticas, garrafas PET, pedaços de porta, galão de água, pratos, vassouras e até mesmo uma geladeira.
Conscientização e educação ambiental
Mais do que recolher resíduos, a mobilização buscou sensibilizar a população sobre a importância dos manguezais.
“Os parceiros uniram-se para fazer mais do que a limpeza pontual. Buscamos conscientizar as pessoas a respeito da importância desses locais e dos cuidados que a gente deve ter”, explicou o coordenador de Comunicação, Educação e Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco.
A ação contou ainda com a participação da Rebimar (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha da Associação MarBrasil), que levou uma exposição itinerante sobre o ambiente marinho. O público pôde experimentar óculos de realidade virtual para visualizar o fundo do mar, observar microplásticos em microscópio e conhecer representações de espécies ameaçadas de extinção.
“A presença de empresas é um marco importante na união pela conservação do oceano”, destacou a técnica de educação ambiental da Rebimar, Marjorie Ramos.
Histórico e monitoramento
Desde 2016, a Portos do Paraná realiza mutirões de limpeza no litoral. Somente em 2024, quatro ações reuniram 107 voluntários, que retiraram 3,5 toneladas de resíduos dos mangues.
Além dos mutirões, a autoridade portuária mantém monitoramento constante do Complexo Estuarino de Paranaguá, acompanhando a conservação dos “bosques de mangue” e analisando fenômenos naturais como erosão e sedimentação, que podem ser agravados pela interferência humana.