Ontem quarta-feira(25),o Congresso Nacional enterrou de vez o aumento do IOF promovido pelo governo Lula. Não foi uma grande derrota: 383 deputados disseram “não” à nova facada tributária, e o Senado, sem cerimônia, passou a rasteira logo na sequência. Três decretos do presidente, todos derrubados — no tapa.
É a primeira vez em muito tempo que se vê algo parecido: um Congresso reagindo à altura da indignação popular, que não aguenta mais ser tratado como caixa eletrônico de Brasília. A tentativa do governo de enfiar mais uma alíquota goela abaixo virou tiro no pé. E um bem dado.
A lambança do governo Lula é tão grande que não se resume a um único imposto. Desde que reassumiu, em janeiro de 2023, Lula já aumentou ou criou impostos pelo menos 24 vezes — um novo aperto a cada 37 dias.
O IOF, que já era uma aberração fiscal, virou símbolo da arrogância palaciana: um imposto escondido, que ninguém vê chegando, mas que morde tudo — do crédito ao câmbio. O governo queria aumentar ainda mais esse monstro invisível. E quando o Congresso disse “não”, veio a chantagem emocional: “Ah, mas agora vamos ter que cortar gastos…”. Como se até hoje tivessem economizado em algo que não fosse o bem-estar do cidadão.
Lula apostou alto na velha fórmula da gastança bancada por aumento de imposto. Perdeu. E o Congresso, que geralmente se abaixa quando o governo fala grosso, dessa vez levantou a cabeça — e a mão — para dar um basta.Vamos ver se continua.
A derrubada do aumento do IOF é, sim, uma vitória do Brasil que paga conta, que trabalha e que já não aguenta mais ser punido por fazer tudo certo. Que esse gesto não seja só um espasmo pré-eleitoral, mas o início de uma reação contra o apetite insaciável de um governo que parece ter alergia à responsabilidade fiscal tremendamente incompetente , corrupto e sem noção.
Por Cleomar Diesel