Os governadores de direita devem se reunir no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (30) para manifestar apoio político e institucional ao governador Cláudio Castro (PL), após a megaoperação policial que deixou mais de 100 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, na capital fluminense. A ação, deflagrada na terça-feira (28), é considerada a mais letal da história do estado.
Entre os governadores confirmados está o paranaense Ratinho Junior (PSD), que integrará a comitiva e discutirá com Castro a possibilidade de intercâmbio de recursos e experiências na área de segurança pública.
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, afirmou nesta quarta-feira (29) que colocou as forças de segurança do estado à disposição do Rio de Janeiro. Segundo ele, a oferta de apoio — que inclui efetivo e equipamentos — foi feita diretamente ao secretário de Segurança do RJ, Victor Santos, que inicialmente informou não haver necessidade de reforço.
“Lá é uma situação de tomada de território, onde o Estado não se fez presente em determinado momento e o território foi absorvido pelo crime organizado. É isso que eles estão tentando agora: retomar aquelas comunidades para que o Estado entre e realmente fique”, explicou Hudson.
De acordo com dados oficiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o saldo da operação foi de 121 mortos, sendo 117 suspeitos e 4 policiais. A ação tinha como objetivo desarticular o Comando Vermelho, facção que domina o tráfico de drogas em diversas comunidades da capital.
O movimento dos governadores é visto como uma demonstração de solidariedade e alinhamento político frente às críticas de entidades de direitos humanos e de setores da oposição, que classificaram a operação como “chacina”.
Já entre governadores aliados, a operação é tratada como um marco na retomada do controle estatal sobre áreas dominadas por facções criminosas, e o encontro no Rio deve servir também como plataforma de articulação nacional entre gestores com posições mais firmes na segurança pública.






