Moro domina, mas pressão política e papel de Ratinho Junior podem redesenhar o jogo até 2026

A nova pesquisa eleitoral   do Instituto Ágili, divulgado nesta segunda-feira (13)confirma o que os bastidores já apontavam: Sérgio Moro é, neste momento, o único nome sólido e incontestável do eleitorado de direita no Paraná. Em todos os cenários testados, o senador aparece com índices que variam de 37% a quase 40%, mantendo ampla vantagem sobre qualquer adversário.

O segundo colocado, Requião Filho, oscila entre 14% e 16%, sem conseguir romper sua bolha histórica. Os demais nomes do campo conservador — Paulo Martins, Alexandre Curi, Rafael Greca e Guto Silva — variam entre 4% e 13%, sem expressão real ainda, para ameaçar a hegemonia de Moro.

🔶 O fator Ratinho Junior e a pressão do sistema

Embora os números mostrem folga, quem acompanha a política sabe que Moro ainda enfrentará duas forças decisivas até 2026:

🟠 1. O sistema
Grupos políticos e institucionais que nunca aceitaram o protagonismo de Moro seguem atuando para isolá-lo e reduzir seu espaço.

🟢 2. Ratinho Junior
O governador é a única liderança com capacidade real de interferir no cenário. Duas possibilidades se desenham:

• Ratinho tenta lançar um nome próprio e reorganiza a direita em torno de um sucessor;
• Ou traz Moro para o palanque, em uma composição estratégica — movimento que só ganha força se o governador confirmar uma candidatura à Presidência.

Quando Moro sai de cena, surge o “deserto eleitoral”

Os cenários testados sem a presença do senador revelam um fenômeno determinante:

• “Nenhum” dispara e atinge cerca de 40%;
• “Não sabe/NR” cresce com força;
• Requião Filho sobe, mas não rompe o teto da esquerda (23% a 24%);
• Paulo Martins, Curi e Guto Silva disputam restos do voto órfão da direita.

✅ Tradução política:
O eleitor conservador não migra — ele espera Moro. Há dependência e reconhecimento de liderança.

A esquerda cresce apenas por ausência

A pesquisa expõe outro fato: a esquerda só aparece quando a direita some.

• Requião Filho sempre varia entre 15% e 24%;
• Ênio Verri (PT) não rompe os 5%;
• Mesmo com a direita fragmentada, o avanço da esquerda é artificial.

✅ Tradução política:
A esquerda não conquista votos — apenas herda os que ficam soltos.

A equação central é simples:

✔ Com Moro:

• Liderança folgada
• Direita unificada
• Esquerda acuada

✔ Sem Moro:

• Caos e indecisão
• Voto órfão e abstenção na direita
• A esquerda aparenta crescer, mas não rompe seu teto
• Nenhum substituto se consolida

Conclusão

A pesquisa expõe com clareza:

✅ Moro é hoje o eixo da disputa no Paraná;
✅ Sem ele, a eleição se desfaz em incerteza e esvaziamento à direita;
✅ A esquerda continua restrita ao seu limite histórico;
✅ Ratinho Junior é a única variável capaz de mexer no tabuleiro — como concorrente interno ou aliado estratégico nacional.

Até 2026, o cenário será de pressão, expectativa e cálculo. Moro domina — mas o jogo ainda não acabou.

Para o Senado: