A administração do prefeito Maurício Lense (Pode) ainda não conseguiu corresponder à confiança depositada nas urnas. Em Guaratuba, o balanço da gestão é considerado negativo por muitos moradores.
Além disso, a atual gestão tem promovido exonerações de servidores contratados que estavam lotados em diversas secretarias, inclusive na pasta da Saúde, o que tem gerado preocupação sobre as condições de atendimento e continuidade dos serviços.
Nos bastidores, comenta-se que a gestão anterior não teria aceitado plenamente o resultado das urnas, mantendo-se ativa na oposição, enquanto a atual administração ainda enfrenta dificuldades para se encontrar administrativamente e organizar a máquina pública.
Por outro lado, o que parecia ser um cenário de harmonia com o Legislativo — após a debandada de vereadores eleitos pelo grupo anterior que migraram para a base do governo municipal — agora dá sinais de desgaste. O possível não cumprimento de acordos estaria gerando crises internas e descontentamento por parte de alguns parlamentares. Até quando essa aliança se sustentará?
Acusações e defesas nos bastidores
Do outro lado da moeda, representantes da antiga gestão afirmam que a atual administração recebeu o município com as contas equilibradas e em condições de funcionamento. Nos bastidores, a versão é de que não havia defasagem no sistema que justificasse a situação atual.
Enquanto ex-gestores e a atual administração trocam acusações, a população segue aguardando por melhorias que ainda parecem distantes. A sensação generalizada é de abandono, principalmente entre quem não pode recorrer a um plano de saúde particular e depende única e exclusivamente dos serviços públicos.
O que a população quer: menos discurso e mais ação
Neste momento, mais do que justificativas e apontamentos políticos, o que os moradores de Guaratuba esperam é uma resposta concreta:
- Qual é a real situação financeira da prefeitura?
- Há previsão de reforço de profissionais na saúde?
- Quando a população terá um atendimento digno, como prevê a Constituição?
Enquanto essas respostas não chegam, o que fica é a impressão de que a chamada “briga política” — o eterno jogo de empurra entre gestões — continua a prejudicar quem mais precisa.
A disputa política entre grupos de situação e oposição parece não ter prazo para terminar, mas os moradores, especialmente os que mais dependem do poder público, continuam aguardando soluções concretas.
A situação abre espaço para um debate mais amplo sobre o futuro da cidade e a responsabilidade de quem ocupa cargos públicos. Enquanto isso, a pergunta que ecoa nas ruas é simples e direta: até quando a população vai pagar o preço dessa disputa política?
Independente da política, a população merece respeito. Merece informação clara. E, principalmente, merece ação.