“Política: o ringue onde amador só apanha”
Política é como aquela panela de pressão esquecida no fogão: se você não souber a hora de desligar, explode e suja o teto inteiro. Sérgio Moro ,o homem já foi juiz da Lava Jato, quase santo no imaginário popular, e na politica tem levando bordoada de todos os lados. Desponta em primeiro lugar nas pesquisas para o governo do Paraná, mas pode ser derrubado pelos acertos de quem entende do jogo. Em toda a sua trajetória política, Moro sempre pareceu um estranho no ninho, só agora esta começando a jogar o jogo. Vamos ver até onde vai ?
E Joice Hasselmann? Achou que entendia de política, foi para o tatame e saiu de maca. Já os filhos do Bolsonaro acreditam que política é hereditária, como se fosse aquele terreno baldio deixado no inventário do pai. O problema é que o pai, tarimbado e esperto, sabe que herança política não existe. Mas, para não contrariar os pupilos, fica numa situação difícil.
Tem também o caso do ator Alexandre Frota. Foi deputado federal, tropeçou, resolveu ser vereador em Cotia (SP), acabou cassado — um currículo que daria inveja a qualquer roteirista de novela deprimente.
Mas a bola da vez no Paraná, é Cristina Graeml. Jornalista afiada, língua cortante, decidiu se arriscar em outro terreno pantanoso: a política. Filiou-se ao União Brasil, apresentou um discurso bonitinho sobre dialogar com todo mundo, até com a centro-esquerda. Resultado? Jeffrey Chiquini, advogado do Novo e também pré-candidato, não perdoou: postou o trecho nas redes e decretou que a direita não conversa com a esquerda. Quase um “não fale com estranhos” da cartilha da mamãe, versão política. Dois baita profissionais, sérios, excelentes em suas áreas, mas inexperientes no mundo maluco da política. Em vez de se unir, começam a se digladiar.
O saldo? Cristina está fora do programa Café com a Gazeta do Povo, depois do entrevero. O estrago já está feito: direita brigando com direita, esquerda rindo no canto .
No fim das contas, meus caros, política é jogo bruto. Quem não tem estômago,sofre. Quem não tem jogo de cintura, cai. E quem acha que vai enfrentar o sistema de peito aberto, sem alianças, descobre rápido que a política engole mais depressa que maré alta.
Recado final: pode até fazer cara feia para o Centrão, pode resmungar no sofá, mas se a direita quiser ter candidato viável em 2026, vai ter que engolir o mingau pelas beiradas. Hoje, os nomes fortes são Ratinho Junior e Tarcísio de Freitas. E se alguém ainda acha que política é para amadores, basta olhar para os exemplos acima e soltar aquela risada amarga: “na política, amador é prato feito… para ser devorado.”
Por Cleomar Diesel