A manhã desta sexta-feira (14) foi de susto e transtorno para os moradores do bairro Coroados, em Guaratuba. Um caminhão-baú derrubou e danificou diversos postes de energia elétrica ao trafegar pela Avenida Rio Grande do Sul. Segundo testemunhas, o condutor percebeu o primeiro impacto, mas, mesmo assim, continuou avançando — causando um “rastro” de destruição e deixando a via parcialmente interditada. Após os danos, o motorista abandonou o local sem prestar qualquer esclarecimento.
O caso acendeu um alerta para um problema recorrente em várias cidades brasileiras: a desorganização dos fios de energia, telefonia e internet que se acumulam nos postes. O episódio também mostrou a importância de regras claras sobre a altura mínima dos cabos, a manutenção das operadoras e o alinhamento adequado da infraestrutura aérea.
Embora não exista uma lei federal única determinando altura e disposição exatas dos cabos em todas as cidades, normas nacionais e legislações estaduais e municipais vêm sendo criadas para organizar o emaranhado de fios. Exemplos : leis municipais em cidades como Florianópolis e Brusque mostram que já há regulamentações exigindo: retirada de cabos em desuso, identificação das empresas responsáveis, distanciamento seguro entre rede elétrica e telecomunicações e altura mínima dos fios para evitar acidentes — incluindo os provocados por caminhões mais altos.
Estados como o Amazonas têm leis específicas que determinam até mesmo alturas mínimas de 5,5 metros em vias onde circulam veículos de grande porte, justamente para evitar danos como os registrados hoje no Coroados.
Em Guaratuba, o episódio reacende o debate sobre a necessidade de modernização e organização da rede aérea, especialmente em bairros com tráfego intenso de caminhões e veículos pesados. Além do risco de acidentes, fios baixos ou mal fixados oferecem perigo à população e dificultam a manutenção da rede elétrica.
O acidente desta sexta-feira é mais um exemplo de como a falta de organização da fiação — somada a imprudências no trânsito — pode colocar em risco a segurança de todos. a evitar novos episódios.






