Nem o frio de lascar que cobre o Paraná nesta terça-feira (24) foi capaz de fazer os criminosos ficarem debaixo das cobertas. E, para azar deles, também não espantou o trabalho da Polícia Civil do Paraná (PCPR), que logo ao amanhecer já estava nas ruas de Curitiba e Almirante Tamandaré cumprindo sete ordens judiciais contra uma quadrilha acusada por estelionato .
O grupo é investigado por falsificar documentos de jogadores de futebol de times do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro para aplicar um golpe financeiro — e não foi um drible qualquer: a estimativa é de que os bandidos tenham embolsado R$ 1,2 milhão usando a imagem e o salário dos atletas como isca.
Com os documentos forjados, os espertalhões abriam contas bancárias e pediam a portabilidade dos salários dos jogadores. O crime só foi percebido graças à atenção das instituições financeiras, que desconfiaram da movimentação e denunciaram a maracutaia.
A operação deflagrada pela PCPR contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
E o esquema não se restringia ao Paraná: uma ação simultânea foi realizada pela Polícia Civil de Rondônia, revelando que os mesmos criminosos atuavam também em outros estados, como Mato Grosso e Amazonas.
No país onde o futebol ainda é preferencia nacional, a polícia entrou em campo cedo, com vontade, e sem se importar com o frio. Já os bandidos, estes acordaram mais cedo, mas para trocar a coberta pela algema.
Daqui a pouco teremos mais detalhes desta operação.