A investigação que apura a intoxicação de mais de dez funcionários de um posto de saúde em Santa Cecília, no Oeste de Santa Catarina, deu uma reviravolta nesta quinta-feira (23). A Polícia Civil descobriu que o refrigerante apontado como causador do mal-estar coletivo foi levado até a unidade por uma mulher identificada como tia de um servidor afastado por assédio sexual contra funcionárias do local.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Eliézer Rodrigues, a mulher e o sobrinho foram presos pela Polícia Civil, que cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos. O caso é conduzido pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Curitibanos, responsável pela região.
O episódio ocorreu na terça-feira (21), quando funcionários da unidade consumiram alimentos e bebidas durante o expediente. Cerca de uma hora após ingerirem o refrigerante, vários deles começaram a apresentar sintomas de intoxicação, como vômitos, tontura, sonolência, inchaço abdominal e dificuldade para falar.
Entre as vítimas estão médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos, recepcionistas e funcionários de apoio. Um dos técnicos de enfermagem, que também é vereador em Santa Cecília, precisou ser transferido para outra cidade devido à gravidade do quadro clínico.
Segundo a Polícia Civil, o servidor afastado é investigado desde o início de outubro por importunação sexual a funcionárias da mesma unidade de saúde, caso registrado em boletim de ocorrência no dia 8 daquele mês.
“As investigações indicam que todas as vítimas consumiram um refrigerante de dois litros deixado por uma das pessoas alvo dos mandados. Essa suspeita seria tia de um funcionário da unidade de saúde que já estava afastado por denúncias de assédio”, informou a Polícia Civil em nota.
Todos os alimentos e bebidas consumidos pelas vítimas foram encaminhados à Polícia Científica, que ainda elabora o laudo técnico para confirmar o tipo de substância que causou a intoxicação.
Até esta sexta-feira (24), alguns funcionários permaneciam internados, sendo que um deles inspira cuidados especiais. Dois servidores que haviam recebido alta voltaram a passar mal e precisaram retornar ao hospital.
O caso segue sob investigação, e novas diligências devem ocorrer nos próximos dias.






